Rádio 24hrs

sábado, 23 de junho de 2012

5º - Fibra Ótica

Feitas de sílica e germânio, fibras óticas transmitem dados pela luz



Diâmetro dos filamentos chega a 1/10 da espessura de um fio de cabelo
Fibra ótica (Foto: Divulgação)As fibras óticas levam as informação por meio de feixes luminosos 










Ela é extremamente fina, com incríveis 125 mícrons de diâmetro, ou melhor, 0,125 milímetros, o que equivale a um décimo da largura de um fio de cabelo. Trata-se da fibra ótica, cujo poder de transmissão de dados é inversamente proporcional ao seu tamanho, permitindo trafegar por meio da luz uma quantidade de informações maior do que qualquer outro meio tecnológico. Seu surgimento está atrelado à criação do laser, na década de 50, sendo que uma das primeiras aplicações da fibra ótica não foi propriamente na comunicação, e sim na medicina, em procedimentos endoscópicos.Como explica o professor, a fibra ótica é composta por materiais extremamente transparentes à luz, no caso um vidro especial feito à base de sílica, que sofre um processo intenso de purificação para ser utilizado, principalmente, nas telecomunicações. “O vidro comum apresenta impurezas que absorvem a luz. Para transmissões a longas distâncias, é preciso que esse vidro tenha um alto grau de pureza para disseminação dos feixes luminosos”, lembra o Hugo.Mas como a informação trafega por filamentos tão finos? A fibra ótica nada mais é do que um meio de propagação de um sinal luminoso de infravermelho (onda eletromagnética), que não é visível ao olho humano. “A onda se propaga ao longo da fibra, funcionando como uma portadora, que carrega informações. Essa onda pode ter várias frequências, possibilita transmitir dados com finalidades diferentes. Entretanto, o sinal luminoso pode também atuar no campo do visível, sendo empregado como fonte de iluminação em alguns casos”, explica o professor Hugo Enrique Figueroa, do Departamento de Micro-onda e Óptica da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Para que a luz possa ser “canalizada”, e trafegar por longas distâncias, as fibras óticas são compostas por duas partes: o núcleo, formado de sílica e germânio, e a casca, composta somente por sílica, sendo que ambas as camadas possuem índices de refração diferentes. “O núcleo apresenta características distintas da parte externa, visto que o seu índice de refração deve ser maior do que o da casca. Na verdade, a luz é aprisionada dentro do núcleo e, dessa forma, ela percorre distâncias enormes”, ressalta o professor.
No caso das telecomunicações, o feixe luminoso que trafega na fibra é carregado de informações. Como a luz é uma onda eletromagnética, possui diversas frequências, sendo que cada uma delas pode carregar um tipo diferente de dado. Antes de entrar no laser, a informação é codificada, o que significa dizer,  que ocorre uma descrição elétrica da informação. Após codificada, acontece a modulação, que é como essa informação é transformada em luz no laser, que emite, assim, o feixe luminoso.
“A luz que transita pela fibra é denominada de portadora. Em média, uma fibra pode ter até 50 km de comprimento. Quando temos distâncias muito grandes, a cada 50 km de fibra, por exemplo, temos um equipamento que atua como um estágio de regeneração. É uma espécie de repetidora, tratando o sinal que chega atenuado devido à longa distância, e o regenera, amplificando-o, compensando algumas deformações do sinal, jogando-o novamente em outro pedaço de fibra. Em conexões submarinas, esses equipamentos possuem baterias que duram de 20 a 30 anos”, ressalta Hugo.

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